Nenhum surto da doença havia sido registrado em 2015 no estado.
Casos aumentaram em muitas regiões do país, sobretudo entre adultos.
Casos aumentaram em muitas regiões do país, sobretudo entre adultos.
Do G1 PE
Depois de anos com sob controle, a caxumba reapareceu em 2016. Em
Pernambuco, a Secretaria de Saúde, que não registrou surtos da doença em 2015,
já contabilizou 32 até agora, com 302 casos concentrados principalmente na
Região Metropolitana do Recife, além da Zona da Mata e Agreste. O problema, no
entanto, não se limita ao estado. Várias cidades em diversas regiões do país
estão apresentando aumento dos casos que, em sua maioria, são adolescentes e
adultos não vacinados quando criança.
No Recife, o estudante Lucas de Freitas, foi apenas uma das muitas
vítimas da doença na escola. Só na sua turma, que tem 40 alunos, 19 tiveram a
doença. “Muitas dores aqui no lado esquerdo, no maxilar, muitas dores no corpo,
moleza”, descreve o adolescente.
Conhecida como papeira em Pernambuco, a caxumba é contagiosa e pode ser
confundida com uma gripe comum, como explica o médico infectologista Demetrius
Montenegro. “Como toda doença viral, vai se iniciar com um quadro de febre,
moleza, dor no corpo e dor de cabeça. Posteriormente pode acarretar um inchaço
das parótidas, que são glândulas salivares que se localizam em baixo da orelha,
na face. E isso é a característica principal da caxumba”, esclarece.
O crescimento do número de surtos em Pernambuco fez com que a Secretaria
Estadual de Saúde publicasse, no último dia 15 de setembro, no Diário Oficial
do Estado, a portaria nº 390, que determina que a doença passe a ser de
notificação complusória, ou seja, todos os casos serão contabilizados,
inclusive os isolados. Até então, a gestão só registrava os surtos, o que
significa que o número de infectados pode ser ainda maior. Para a gerente de
Vigilância de Saúde de Pernambuco, Ana Antunes, a população adulta precisa
atualizar seus cartões de vacinação.
“O que a gente vem observando é que a caxumba tem ocorrido mais em
adolescente e adultos. Todas as crianças e todas as pessoas até 49 anos têm
disponível nos postos a vacina tríplice viral, que é para sarampo, rubéola e
caxumba e todas as pessoas devem estar atualizando seus cartões de vacina”,
recomendou a gerente.
Embora os casos de caxumba sejam sem gravidade, os médicos alertam que,
em alguns pode ocorrer pancreatite, surdez, inflamação dos testículos e dos
ovários, podendo deixar homens e mulheres estéreis. O Ministério da Saúde
informou que não dispõe de dados nacionais, pois os municípios não são
obrigados a notificar todos os casos de caxumba.
O Ministério disse ainda que o surto atual está atingindo pessoas acima
de 20 anos porque a vacina tríplice viral começou a ser aplicada nas crianças a
partir de 1992. A recomendação é que todas as pessoas que não foram vacinadas
na infância tomem a tríplice ou a tetraviral, que também previne a catapora.
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